ESTRATÉGIAS PERSONALIZADAS DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO INFANTIL PARA PACIENTES COM TEA

Este artigo explora os efeitos de estratégias personalizadas no tratamento
odontopediátrico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando
a importância de abordagens empáticas e inclusivas para melhorar a qualidade do
atendimento. A falta de treinamento especializado, muitas vezes, leva a tratamentos
inadequados, ressaltando a necessidade de práticas mais humanas e sensíveis. A
fundamentação teórica baseia-se nos marcos históricos que moldaram a
compreensão do autismo, como os trabalhos de Leo Kanner, que identificou os
primeiros sinais clínicos do autismo, e Hans Asperger, que reconheceu uma forma
mais leve do transtorno, posteriormente chamada de Síndrome de Asperger. O estudo
validou a hipótese de que abordagens personalizadas melhoram o atendimento
odontológico de pacientes com TEA, enfatizando a importância da administração
cuidadosa de anestésicos, do uso de técnicas como "dizer-mostrar-fazer" e de
consultas preliminares com pais ou cuidadores. Estratégias como reforço positivo e
dessensibilização sistemática ajudam a reduzir a ansiedade, promovem a cooperação
e estabelecem uma relação positiva com a saúde bucal. Recursos visuais, como
álbuns de fotos do consultório, ajudam a familiarizar a criança com o ambiente,
tornando-o menos intimidador. O objetivo é criar ambientes menos traumáticos que
respeitem as necessidades sensoriais, comportamentais e comunicativas das
crianças com TEA, com o uso de espaços silenciosos, luzes suaves e fones de ouvido.
Consultas em horários favoráveis e pausas regulares ajudam a evitar sobrecargas
sensoriais. Esses cuidados resultam em tratamentos mais eficazes e hábitos
saudáveis a longo prazo, além de fomentar o desenvolvimento de protocolos personalizados, treinamento da equipe odontológica e comunicação constante com
os responsáveis, proporcionando um atendimento empático que respeite as
particularidades de cada criança e promova uma experiência positiva e humanizada.